sexta-feira, 9 de setembro de 2011

AUTOCRITICA

AUTOCRÍTICA

Minha experiência na sala de aula foi quando estagiei na graduação de pedagogia em uma turma de 5ª série do ensino fundamental em 2006, detectei que tinha alunos que não liam nem escreviam bem, então resolvi ajudar essas crianças, foi um desafio pois não tinha ainda dado aula. Fiquei nervosa mais encontrei pessoas que me ajudou a planejar juntamente a escolha de um Tema.

Organizei minha aula com o objetivo de trabalhar a escrita, usando midians na sala de aula, os alunos assistiram um vídeo com o Tema sobre Aids, depois de assistido houve debate levantaram o que sabiam e o que gostariam de saber sobre o assunto. As leituras foram sistemáticas e diárias com pesquisas em livros, revistas, enciclopédias, internet e panfletos informativos.

A aula foi bem prazerosa e interessante e participativa, os alunos ficaram bem incentivados fazendo as pesquisas e conhecendo como se pegava Aids, nossas atividades incentivavam a pensar sobre a escrita, tornando um objeto curioso a ser explorado. Outra medida para democratizar esses conhecimento em sala de aula é ler diariamente para a turma.

Leitura e escrita não são apenas conteúdo de língua portuguesa, são práticas necessárias em todas as disciplinas e em todas as séries, por isso temos a responsabilidade de conhecer o modo como os alunos aprendem e assim estimulá-los a ser leitores e escritores mais competentes.

O resultado foi satisfatório, fiquei feliz de ter alcançado o objetivo.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Projetos Didáticos e Papéis Sociais de Professores e Estudantes

Com base nas contribuições do fórum, observei que a maioria das escolas já estão trabalhando com projetos, primeiramente precisam elaborar seu projeto politico pedagógico é o plano global da instituição pode ser entendido como a sistematização, de um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define o tipo de ação educativa que quer realizar.

Em todas as ações, os estudantes são incentivados a desenvolver uma visão interdisciplinar e transdisciplinar. Os projetos pedagógicos são idealizados pela gestão e equipe de professores e demonstram, na prática, os conteúdos estudados em sala de aula para uma aprendizagem mais completa, que amplia a visão do aluno para novos temas e abordagens.

Nos dias atuais é praticamente impossível não trabalhar com projetos didáticos. É com eles que a interação e uma maior aprendizagem acontecem. O projeto é o melhor caminho para a sistematização dos conteúdos , interdisciplinaridade, interação dos alunos, socialização...A única preocupação é o planejamento. Ele precisa ser bem feito tendo em mente a turma e as disciplinas envolvidas, as mídias utilizadas, os objetivos, metodologias, avaliação, concepção.

Ao desenvolverem projetos, professores e alunos ensinam e aprendem ao mesmo tempo de modo lúdico, criativo e produtivo .Além disso, os resultados alcançados ultrapassam os portas da escola e adentram casa , bairro e sociedade de educadores e educandos. Os conhecimentos adquiridos dificilmente serão esquecidos. Embora ainda acredito que não aconteça muito na prática, é interessante e produtivo que o projeto seja pensado e elaborado também pelos alunos. Infelizmente sabemos que muitos educadores ainda resistem a eles ou o fazem de modo muito superficial e errôneo.

O que são projetos?

São inúmeras as atividades humanas nas quais, atualmente, a idéia de projetos está colocada como uma nova forma de organizar e realizar as atividades profissionais.

dotados de maior autonomia para tomar decisões, valorização do trabalho em grupo, desenvolvimento de vínculos de solidariedade e aprendizado constante são algumas das características incentivadas pela realização de projetos de trabalho. Em uma equipe que trabalha com vistas a realizar um projeto, são mais importantes a solidariedade e o cuidado com a contribuição de cada um para o todo, do que os níveis hierárquicos. A questão não é quem manda em quem, mas se o projeto está se tornando realidade..

Portanto, o trabalho com projetos é uma estratégia pedagógica que pode ser utilizada na educação com excelentes resultados, o projeto é um processo criativo, tanto para os alunos como para os professores, através da pesquisa, apresentamos a seguir algumas dicas para ajudar você a montar um projeto, o caminho do sucesso requer muito empenho por parte dos docentes, o educador precisa levar sempre para sala de aula novos questionamentos. Selecionar as estratégias mais significativas, pesquisar as melhores informações e utilizar os recursos adequados.

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Como montar um projeto

Montar um projeto não é um bicho-de-sete-cabeças, mas requer um bom planejamento e muita pesquisa. Geralmente, ele é discutido e planejado entre coordenadores e professores, e cada professor faz adaptações para adequá-lo a seus alunos e às suas necessidades. Apresentamos a seguir algumas dicas para ajudar você a montar um projeto.

Escolha o tema

Que assunto abordar?

Quando estiver pensando em um tema para seu projeto, você pode se perguntar por exemplo, até que ponto ele vai despertar (e manter), a atenção dos seus alunos, o quanto vai contribuir para ampliar o conhecimento deles; quais são as vantagens e desvantagens de escolher esse ou aquele tema, o que ele teria a oferecer. Uma boa forma de escolher um tema é conversar com seus alunos. Como eles são os maiores interessados, por que não propor uma votação? Você pode até se surpreender com o resultado.

Estabeleça o objetivo (ou os objetivos)


Pense no que você pretende conseguir com esse projeto. Provavelmente, surgirão muitas metas. Para não se perder em meio a tantos objetivos, você pode se perguntar. O que gostaria que meus alunos (e/ou todos os participantes desse projeto) aprendessem com ele?


Planeje o projeto


Que atividades você vai propor aos alunos? De que materiais ou ferramentas vocês vão precisar? Isso vai gerar algum custo (para a escola e/ou para os alunos)? Como você vai conduzir o projeto? Que disciplinas serão abordadas? Quantas aulas você usará para executá-lo? Que estratégias vai usar para incentivar os alunos e manter o interesse deles?

As respostas a essas perguntas nortearão seu trabalho e orientarão os procedimentos seguintes. Nesse momento, é importante trocar idéias com os colegas e com a coordenação da escola. Faça uma previsão do que poderia se tornar um "fator complicador" (a necessidade de comprar algum material, por exemplo) e pense em alternativas possíveis para o caso de algo não dar certo. Organize seu projeto por etapas e monte um cronograma para ajudar a turma a não se dispersar. Na hora de formalizar o projeto e colocá-lo no papel, você pode se basear no esquema abaixo.

Tema

Série a que se destina

Duração

Justificativa (explique por que você escolheu esse tema)

Objetivos

Conteúdos trabalhados (cite que disciplinas e assuntos serão abordados)

Estratégias/procedimentos (explique como você pretende alcançar os objetivos)

Material necessário (relacione que recursos serão necessários)

Avaliação (cite como você pretende avaliar os alunos)

Sensibilize seus alunos


Converse abertamente com sua turma e fale o projeto. Exponha seus planos com animação. Isso certamente vai contagiar os alunos. Planeje as atividades de forma a permitir que eles escolham aquelas em que preferem participar e prepare-se para alterar atividades de que eles absolutamente não gostarem. Lembre-se se eles não se entusiasmarem com a idéia do projeto, o resultado poderá ser comprometido.Você pode começar o projeto com um filme, uma notícia, um evento, uma música, um livro, enfim, algo que prenda a atenção da turma para o que virá...


Mostre os resultados.


A medida que os projetos for caminhando”, ajude a turma a expor os resultados para que outras classes vejam o seu progresso. Se possível, organize com eles um mural num lugar a que os pais tenham acesso, assim, eles poderão acompanhar o trabalho dos filhos. Se houver recursos (computador, acesso à Internet, editor de html), sua turma pode montar uma página na internet com os resultados do projeto. Outra opção é publicá-los em um livro produzido pelos próprios alunos.Avalie o projeto com a turma.

Organize um painel em que a classe possa expor o que mais a agradou e o que não foi tão bom. Dê seu parecer e ouça o que os alunos têm a dizer. Você alcançou seus objetivos (ou pelo menos um deles)? E os pais, têm algo a dizer? Aproveite críticas e sugestões para aperfeiçoar os projetos futuros.

REFERÊNCIAS:

http://www.educacional.com.br/projetos/comomontar.asp

www.projetospedagogicosdinamicos.kit.net

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM

CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM

A busca por respostas começa na antiguidade Grega, com o nascimento do pensamento racional, que busca explicações baseados em conceitos, como uma forma de entender o mundo. Para os primeiros filósofos, a dúvida consistia em saber se as pessoas possuem saberes inatos ou é se possível ensinar alguma coisa a alguém.

Principais concepções sobre a aprendizagens.

Inatismo- Platão afirmou posição a favor das idéias congênitas, defende que as pessoas nascem com saberes adormecidos que precisam ser organizados para se tornar conhecimentos verdadeiros, o professor auxilia o aluno a acessar as informações.

Empirista – Aristóteles apresentou uma perspctiva contrária à de Platão, segundo ele sustenta que o conhecimento está na realidade exterior e é absorvido por nossos sentidos. O professor é que detém do saber, o aprendizado é obtido por meio da cópia de memorização. Apesar dos séculos de distância, o fato é que algumas práticas empiristas seguem presente no dia-a-dia das escolas.

Ate hoje o conhecimento é visto por muitos como um produto que pertence ao professor.O construtivismo como tentativa de caminho do meio, com inatismo e empirismo apontado para todos os opostos, o saber está no individuo, o século XX nasceu com uma tentativa de caminho do meio para explicar o aprendizado.

O Construtivismo foi o cientista suíço Jean Piaget quem cunhou o termo construtivismo, estabelece que a capacidade de aprender é desenvolvida e construída nas ações do sujeito por meio do contato ativo com o conhecimento, que é facilitado pelo professor. É claro que nem tudo cabe debaixo do chapéu do construtivismo, professor que não ensina não é construtivista.

Piaget chamou a atenção para o papel da interação para explicar como conhecimento se origina e se desenvolve. Por essa via, aproximou-se de pesquisadores como Lev Vygostky (1896-1934) e Henri Wallon (1879-1962), embora os registros históricos indiquem que Wallon e Vygostky não conviveram diretamente com Piaget, são muitos os pontos de contato entre o construtivismo piagetino e a perspectiva defendida pela dupla, o socionteracionismo.

Segundo o processo de aprendizagem se dá pela relação do apendiz com o meio (ambiente familiar e social, professores, colegas e o próprio conteúdo)

As escolas hoje mantêm uma postura de inovadora, mas que seus resultados diferem desta concepção A luta pela qualidade do ensino tem sido muito questionado no que se refere “A escola que Queremos” os valores estão sendo jogados fora, a inclusão tem andado paulatinamente, constatando com isso um déficit enorme na gestão de qualidade.
Então a aprendizagem deve ser vista não só na dimensão individual como na dimensão social. Neste aspecto deve ser considerado o professor como agente mediador entre indivíduo e sociedade e o aluno como aprendiz social.

REFERÊNCIAS:

Três idéias sobre a aprendizagem –autora Beatriz Santomauro

Revista Nova Escola Editora Abril- Novembro, Ano 2010,


TEORIAS DE APRENDIZAGEM


UM BREVE RELATO
TEORIAS DA APRENDIZAGEM

1.  ASSOCIACIONISTA, COMPORTAMENTALISTA, DE CONDICIONAMENTO, DE ESTÍMULO – RESPOSTA:

Principais autores: Pavlov, Watson, Guthrie, Hull, Thorndike e Skinner.

Suas Principais Idéias:

·         Os comportamentos do ser humano são aprendidos;
·         A aprendizagem passa a ter grande importância;
·         Atribuem imenso poder ao ambiente.
·         O homem é produto do meio.
·  Acreditam que manipulando os elementos do ambiente (estímulos) pode-se controlar o comportamento;
·         A base de todo o conhecimento é a experiência planejada.

Comportamento: definido como um objeto observável, mensurável e que pode ser reproduzido em diferentes condições e em diferentes sujeitos;

Educação: visão pragmática objetiva a transmissão de conhecimentos e a capacitação técnica por meio de competências e habilidades.

Aprendizagem: processo cego e mecânico de associação de estímulos e respostas, provocado e determinado pelas condições externas, ignorando as internas.

Ensino: preparar e organizar as contingências de reforço que facilitam a aquisição dos esquemas e tipos de condutas desejadas.

Alunos: passivos, à mercê das contingências do ambiente e dos agentes controladores;
Conteúdos: visa objetivos e habilidades que levam à competência técnica;

Professor: planejador e analista de contingências. Sua função é arranjar contingências de reforço;

Metodologia: individualização do ensino (ensino dirigido, instrução programada, etc)

Avaliação: classificatória, valoriza aspectos mensuráveis e observáveis.

Objeções às teorias associacionistas (comportamentalistas, do condicionamento, estímulo resposta)

·         Generalização de estudos com animais à conduta humana;
·         Identificação entre aprendizagem e conduta manifesta, ignorando que a aprendizagem não é totalmente observável, uma vez que há o processo interno.

2. MEDIACIONAIS: GESTALT, GENÉTICO-COGNITIVA, GENÉTICO-DIALÉTICA, SIGNIFICATIVA.

Suas Principais Idéias:

·         Destacam a importância da ação, do envolvimento e da interação do sujeito com o objeto a ser conhecido e a realidade;
·         Dão importância às variáveis internas da aprendizagem;
·         Considera a conduta humana como totalidade;
·         Processo de conhecimento, de compreensão das relações em que as condições externas atuam mediadas pelas condições internas;
·         Supremacia da aprendizagem significativa, que supõe reorganização cognitiva e atividade interna.

Principais autores: Kofka, Köhler, Whertheimer, Maslow, Rogers.

Analisam a conduta como totalidade organizada. A compreensão parcelada e fracionária da realidade deforma e distorce a significação do conjunto. Os todos os fenômenos de aprendizagem e conduta - é algo mais do que a soma e justaposição linear das partes.

Aprendizagem Genético-Cognitiva - Piaget (1896-1980)

·         Estudou o desenvolvimento humano e relacionou-o à aprendizagem, utilizando-se das Estruturas Cognitivas (regulam a influência do meio, que são resultados de processos genéticos).
·         A aprendizagem constrói-se em processos de troca, por isso sua teoria é chamada de construtivista.
·         Comportamento humano: não é inato, nem resultado de condicionamento. Sujeito e objeto interagem em um processo que resulta na construção e reconstrução de estruturas cognitivas.

As contribuições de Piaget

Epistemologia Genética: estudo dos mecanismos de formação do conhecimento lógico, tais como as noções de tempo, espaço, objeto, causalidade, etc; da gênese e evolução do conhecimento.

Inteligência: adaptação a situações novas. Dá-se em etapas ou estágios sucessivos, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras.

Construtivismo sequencial – desenvolvimento da inteligência faz-se pela complexidade crescente, onde um estágio é resultante de outro anterior.

Estágios do Desenvolvimento Genético-Cognitivo: patamares de desenvolvimento que se dá pela sucessão (organização de ações e pensamentos, característico de cada fase do desenvolvimento do indivíduo).


1. Período Sensório Motor Estágios do Desenvolvimento Genético-
Cognitivo:
Sensório Motor: do nascimento aos 2 anos, aproximadamente, etapa básica manipulativa. A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo.
É uma inteligência eminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase (água para dizer q quer beber água).

2. Pré-operatório ou Simbólico ou Indutivo: 2 aos 7 anos, aproximadamente.
Etapa intuitiva e de aprendizagem instrumental básica. Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc. Cria imagens mentais na ausência do objeto ou da ação, é o período da fantasia, do faz de conta, com a capacidade de formar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação.
Indivíduo “dá a alma” (animismo) aos objetos.
A linguagem está em nível de monólogo coletivo, todos falam ao mesmo tempo.

3. Período Operatório Concreto: 7 aos 11 aos, aproximadamente.
Indivíduo consolida a construção das operações subjacentes às quais se encontram as possibilidades intelectuais do período. Tais operações são o resultado de ações mentais interiorizadas e reversíveis.
Reversibilidade: quando a operação deixa de ter um sentido unidirecional. Seria a capacidade de voltar, de retornar ao ponto de partida.
Conservação: uma invariante que permite a formação de novas estruturas.

4. Período Operatorio Lógico Formal ou Abstrato: dos 12 aos 16 anos em diante, em que acaba a construção de estruturas intelectuais própria do raciocínio hipotético-dedutivo, característico nos adultos. É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético dedutivo ou lógico matemático.

Logicização: processo de transformar o pensamento simbólico e intuitivo em pensamento operatório.

Conceitos Básicos da Teoria Piagetiana

Organização: não pode haver adaptação (assimilação e acomodação) proveniente de uma fonte desorganizada, pois a adaptação tem como base uma organização inicial expressa no esquema. O pensamento se organiza mediante a constituição de esquemas que formam através do processo de adaptação.

Adaptação: é um processo dinâmico e contínuo no qual a estrutura hereditária do organismo interage com o meio externo de modo a reconstituir-se. É o movimento de equilíbrio contínuo entre a assimilação e a acomodação.
- processo que se refere ao reestabelecimento do equilíbrio.
- O indivíduo modifica o meio e é também modificado por ele.

Assimilação: é o processo de integração de novos conhecimentos em estruturas já existentes.

Acomodação: o mecanismo de reformulação das estruturas em relação aos novos conteúdos que se incorporam. É o processo de busca e ajustamento a novas condições e mutações no ambiente, de tal forma que os padrões comportamentais preexistentes são modificados para lidar com as novas informações ou com feedbach das situações externas.

Aprendizagem construtivista

Parte da natureza social e socializadora da educação, considera que a “estrutura cognoscitiva está configurada por uma rede de esquemas de conhecimentos, os quais se definem como as representações que uma pessoa possui em um dado momento sobre algum objeto de conhecimento. Ao longo da vida esses esquemas são revisados, modificados, tornados mais complexos e adaptados à realidade, mais ricos em relações”.

 “(...) não basta que os alunos deparem-se com conteúdos para aprender, é necessário que diante dos conteúdos possam utilizar seus esquemas de conhecimentos, contrastá-los com o que é novo, identificar semelhanças e discrepâncias, integrá-los em seus esquemas, (...)” (Zabala, 2002, p.102)

3. APRENDIZAGEM GENÉTICO-DIALÉTICA:

Principais autores: Vygotsky, Luria, Leontiev, Rubinstein

Aprendizagem: está em função da comunicação e do desenvolvimento (resultado do intercâmbio entre a informação genética e o contato com o meio historicamente constituído).
• Zona de desenvolvimento potencial/proximal - A formação das estruturas formais da mente é realizada pela atividade e pela coordenação das ações que o indivíduo realiza e pela apropriação da bagagem cultural.
• Vygotsky: a formação de conceitos remete às relações entre pensamento e linguagem.
• Constitui sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo sócio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento.

Mediação: enquanto sujeito do conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos, mas acesso mediado, através de recortes do real, operados por sistemas simbólicos de que dispõe. Enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias relações, ou seja, o conhecimento não está sendo visto como uma ação do sujeito sobre a realidade, assim como no construtivismo e sim pela mediação feita pelos outros sujeitos.

Linguagem: fornece os conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. É por meio dela que as funções mentais superiores são socialmente formados e culturalmente transmitidos, portanto, sociedades e culturas diferentes produzem estruturas diferenciadas.
Função mental: pensamento, memória, percepção e atenção. A interação social e o instrumento linguístico são decisivos para o desenvolvimento.

Dois níveis de Desenvolvimento

Um real: adquirido ou formado, que determina o que o aluno é capaz de fazer por si próprio.
Um potencial: capacidade de aprender com outra pessoa.

A aprendizagem interage com o desenvolvimento, produzindo uma abertura nas zonas de desenvolvimento proximal (distância entre aquilo que a criança é capaz de fazer por si própria e o que ela é capaz de faze com a intervenção de um adulto).

Potencialidade para aprender não é a mesma para todas as pessoas.

4. APRENDIZAGEM GENÉTICO-DIALÉTICA FRANCESA

Principais Autores: Wallon, Zazzo e Merani.

Aprendizagem: Também está relacionada ao desenvolvimento e às experiências com o meio.

Emoções: assumem um papel importante na aprendizagem. Toda a atividade cognitiva implica em componentes afetivos que, por si mesmos, impulsionam a atividade.

“As estruturas psicológicas serão desde agora a variável mais importante da aprendizagem, tendo sempre presente que tais estruturas são redes complexas e interativas de pensamento, emoção e atividade”. (Goméz, 1998:43).


5. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Principais autores: Ausubel, Coll.

Aprendizagem compreende aspectos lógicos e psicológicos

Lógicos: - coerência na estrutura do conteúdo;
- seqüência lógica nos processos
- conseqüências nas relações entre seus componentes.

Psicológicos: conteúdos compreensíveis desde a estrutura cognitiva que o sujeito que aprende possui.
• Vinculação subtancial das novas idéias e conceitos com a bagagem cognitiva do indivíduo - subsunçores.
• Não é mecânica, repetitiva, memorialística.

Condições:
1ª Potencialidade significativa do material didático;
2ª Disposição positiva do indivíduo em relação à aprendizagem.
É uma aprendizagem compreensiva: conhecemos o porquê do que aprendemos e sabemos utilizar esse conhecimento. Atribuímos significado ao conteúdo aprendido, possibilitando estabelecer vínculos substanciais entre as novas aprendizagens e as que já possuímos.

Paralelo entre a aprendizagem significativa e mecânica ou repetitiva Mecânica/associacionista/ comportamentalista

·         Acredita-se que o sujeito adquire cópia ou reprodução da realidade.

·         Aprende-se por meio da reorganização dos conhecimentos, a partir da confrontação com a realidade.


Paralelo entre a aprendizagem significativa e mecânica ou repetitiva Mecânica

·      Conhecimento que permite reproduzi-lo literalmente, limitando a capacidade de utilizá-lo fora do contexto em que foi aprendido. Importa a quantidade de conteúdos.
Exemplo: definição de uma fórmula física sem interpretá-la.

Significativa - Conhecimentos e habilidades que não só adquirimos, mas que também podemos utilizá-los em situações diversas. Importa a qualidade dos vínculos entre os conteúdos novos e os prévios.
Obs: os dois tipos de aprendizagem não existem em estado puro, mesmo nas aprendizagens mecânicas há, quase sempre, certo grau de compreensão sobre seu sentido e sua função.

MINHAS CONCLUSOES
Bem, percebemos que as Teorias de Aprendizagem vieram como meios de orientar, organizar e ou buscar melhores meios/ formas de desenvolver o processo ensino aprendizagem.
No entanto, percebo que as Teorias apreendidas nos bancos universitários no momento de serem usados nos ambientes escolares não foram usados de forma correta. Porque????, alguém deve está me questionando.
O que observo é que as teorias deveriam ser usadas de acordo com a real necessidade, campo de estudo e grupo de pessoas a serem ensinadas. Tenho esse pensamento quando observo, lembro o inicio do emprego do Construtivismo nas escolas públicas.
Lembro que a teoria foi imposta aos professores sem uma preparação técnica, conceitual e ou metodológica quanto ao uso do construtivismo no ambiente de aprendizagem. Muitos formaram os problemas que surgiram então, por exemplo: alunos que saíram do ensino fundamental com problema de leitura – devido o professor não saber trabalhar com as palavras geradoras.
E claro que tiveram pontos positivos, no entanto acreditamos que o maior desafio é o fato de os métodos (Teorias) são colocadas aos nossos professores sem uma previa atualização e ou capacitação.
Acarretando uma bandeira do contra, no qual nossos professores já olham com negatividade as nossas técnicas de ensino quem vem surgindo na atualidade.

Fonte de pesquisa:
____________________. w3.ufsm.br/ciclus/images/Teorias.pdf. acessado em 20 de agosto de 2011.